Ex-presidente está internado para iniciar primeira fase de tratamento contra o câncer
Marina Novaes, do R7
A presidente Dilma Rousseff chegou por volta das 18h40 desta segunda-feira (31) ao Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está internado desde a manhã de hoje.
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Lula iniciou hoje sua primeira sessão de quimioterapia para combater um tumor na laringe, diagnosticado no último fim de semana. A previsão é que ele deixe o hospital na manhã desta terça-feira (1º).
A presidente chegou de helicóptero ao hospital e está acompanhada do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria da Presidência), amigo pessoal de Lula. Após a visita, que não consta na agenda oficial da presidente, Dilma participa de um evento da revista Carta Capital às 20h, também na capital paulista, de onde embarca para a França.
Minutos antes, por volta das 18h, quem chegou ao Sírio foi o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também integrou o governo Lula.
No último sábado (29), a presidente - que também enfrentou um câncer em 2009 e se curou da doença após tratamento no mesmo hospital - divulgou uma nota em que dizia que Lula contaria com seu “apoio e amizade para acompanhar a superação de mais esse obstáculo”.
Na nota, a presidente dizia que “o presidente Lula é um líder, um símbolo e um exemplo para todos nós” e que tem certeza “que, com sua força, determinação e capacidade de superação de adversidades de todo o tipo, vai vencer mais esse desafio”.
Luta contra o câncer
Pela manhã, a equipe médica do hospital informou que o tumor de Lula é o mais comum e tem agressividade média.
Hoje, o ex-presidente vai começar a receber um coquetel de medicamentos por meio de um cateter, um cano de aproximadamente 10 mm de diâmetro. Por 120 horas, Lula carregará uma bomba de infusão, uma espécie de bolsa, que injetará os remédios na corrente sanguínea. Ele deve passar a noite no hospital e ir para casa amanhã de manhã, após passar por exames. O próximo boletim médico só deve ser divulgado após a saída de Lula do hospital.
No prazo de 21 dias, o ex-presidente será submetido novamente ao procedimento, que deve ser feito até janeiro.
De três a quatro semanas depois do ciclo de quimioterapia, será iniciada a radioterapia, que terá duração de sete semanas. Segundo os médicos, o sucesso do tratamento só poderá ser medido daqui a 40 dias
Os médicos optaram pela quimioterapia, seguida de radioterapia, por ser menos danosa e ter resultados praticamente iguais aos de uma cirurgia. O cirurgião especialista em cabeça e pescoço Luiz Paulo Kowalski disse que há pelos menos 15 anos os médicos preferem evitar a cirurgia, que poderia tirar parte das cordas vocais.
- A quimioterapia oferece as mesmas possibilidades de cura, e tem a possibilidade de preservar a laringe.
O médico cardiologista Roberto Kalil, que sempre acompanha Lula, informou que ele levou um choque ao descobrir o câncer na laringe, mas que reagiu bem à notícia.
